
Gabriela se via tentada a perguntar à Joyce sobre a noite anterior, na qual, na companhia de Bruna, conhecera a tal Alejandra. Mas, conhecendo o mal-humor matinal da amiga, resolveu calar-se. Por pouco tempo. Apenas alguns minutos se passaram até que:
- Joyce, qual é a dessa Alejandra, hein? – dizia Gabriela.
- Como assim, Gabi? – respondia Joyce sem tirar o rosto do livro.
- Ah, sei lá, a Bruna nos contou sobre ontem, Vocês três e tal...
- Sim, e?
- Porra, Joyce, me conte! Quero saber o que rolou, ora!
Joyce esticou o pescoço na intenção de averiguar se Alejandra e Bruna tinham condições de ouvi-la. Constatou que não; estavam papeando alto demais.
- Gabi, a noite de ontem foi boa. Eu estava na maior fissura, havia meses, de fazer algo a três... Daí a gente conheceu a Alejandra, na festa da Fê, e... Acho que foi a Bruna quem conversou mais com ela e, sabe-se lá Deus como, a chica resolveu sair com a gente.
- Sim, Joyce, isso eu já sei. Quero saber o que roloooooou! Na cama, Joyce!
- Gata, numa boa... Eu achei bom, mas...
- Mas o quê?
- Fiquei meio que assistindo às duas se pegarem... Foi meio decepcionante.
- E você não tem ciúmes das duas?
- Claro, porra! Acha o quê? Fico de olho. Mas convenhamos que a mexicana é muito gata, Gabi, fala sério. Acha que se a Bruna resolver mesmo ir fundo com ela eu tenho alguma chance? Nunca...
- Ah, Joyce, você viajou agora! Você é linda! Sim, a Alejandra é uma delícia, confesso, mas não é isso tudo também não.
Diante daquela amizade, Gabriela mentia duas vezes. Uma: em termos de beleza física, Joyce não teria mesmo a menor chance contra Alejandra. Joyce era uma branquinha que tinha lá os seus atrativos. Seios fartos, já o bumbum nem tanto. Ela era capaz de atrair quem ela quisesse. Assim como Gabriela, Joyce sabia ser fatal quando queria. E duas: Alejandra era “aquilo tudo”, sim!
Sob o sol o papo estava nitidamente mais animado. Quando Lysa perguntara à Bruna sobre a noite anterior:
- Conte você, Alejandra! – respondia Bruna demonstrando intimidade.
- Caliente! Muy caliente! Las chicas me dio una... canseira! – respondia Alejandra em seu “portunhol”, às gargalhadas.
Alejandra, desinibida, contava, então, com detalhes – alguns até fugiam da memória de Bruna – toda aquela aventura sexual da noite anterior. Lysa, atenta a cada palavra e a cada gesto das mãos de Alejandra, excitava-se.
- ...así! Una canseira! – terminava Alejandra.
Era impossível não se excitar com o falar de Alejandra, ainda mais com o conteúdo daquele falar. E os olhos verdes? Ainda mais verdes por conta do sol, aqueles olhos eram um convite à paixão.
- Vamos na água, Lysa? – chamava Gabriela.
- Sim, vamos!
A caminho da água, Gabriela pegava firme na mão de Lysa e:
- O que achou dessa menina, Lysa?
- A achei bacana. Divertida. E você?
- Ainda não conversei com ela, mas me pareceu isso aí mesmo... A Joyce está meio mordida com a proximidade dessa chica com a Bruna.
- Sério? Mas, pelo que a Alejandra contou, as três se deram muito bem ontem à noite, viu?
- Joyce me disse que praticamente assistiu às duas.
- Estranho...
Gabriela e Lysa mergulhavam seus corpos perfeitos nas águas de Ipanema, enquanto, ao longe, um comentário de Alejandra tratava de quebrar um pouco o clima.
- Essa Lysa es una gracinha, hein!
- A Gabriela é namorada dela, hein! – alertava Bruna – Estão morando juntas e tudo!
- Existe una manera para tudo, Brunita!
Bruna se calava, enquanto, do guarda-sol, Joyce, quieta, as observavam.
Voltando para a areia, Gabriela pôde notar o olhar de Alejandra para o corpo de Lysa, mas preferiu não levar a sério; pelo menos não naquele momento.
[Continua]
4 comentários:
êlele... sinto que coisitas irão acontecer... hahaha
cositas rsrs
Sinto também que coisas vão acontecer, mas não to gostando nada nada dessa Alejandra, Gabriela que não tente ser esperta e se cuide!
que danadinhas... tsc tsc tsc
Postar um comentário