
Logo o carro de Durval chegava ao estúdio.
- Demorei, Fábio?
Dizia Durval.
- Não. Imagina.
Eu respondia. Que bela cena.
- Bem, aqui está a Isadora. Fique à vontade. É uma honra ter minha filha na mira de lentes tão famosas, Fábio. E tão amigas também.
- Pois é. Sua filha é o que procuro há muito tempo.
Isadora sorria meio sem graça e:
- Será um prazer posar para o senhor.
Aquele “senhor” me machucava.
- “Senhor” não, por favor. “Você”, eu prefiro.
- Desculpe-me, Fábio.
Ela ria.
- Bem, deixe-me ir. Tenho outros compromissos. Cuide bem da minha filha, Fábio.
- Fique tranqüilo, Durval. Até mais tarde.
- Até.
Durval dirigia-se até a parte de trás do estúdio. Entraria pela porta dos fundos. Observaria tudo escondido entre os cases e equipamentos. Isadora e eu entrávamos para o início dos trabalhos. Mas como se dava início a um trabalho daquele? Ah, dane-se. O fotógrafo famoso ali era eu. Eu decidiria isso na hora.
- E então, Isadora? Fale-me um pouco de sua experiência como modelo, enquanto preparo as lentes.
Durval já deixara a câmera pronta sobre uma mesa. Tudo que eu teria de fazer era focalizá-la e apertar um botão. Click! Pronto!
- Bem, as campanhas das quais participei foram todas da Cia. Zero, ou seja, da loja do meu pai. Por isso, não me sinto assim tão experiente.
- Sei. Mas é um bom começo. Estive vendo suas fotos ali na porta do estúdio. Você tem brilho no olhar, sabe? Sem contar o corpo, que, meu Deus, é lindo demais.
Eu vira na TV uma vez um fotógrafo falando. Eles são bem descolados e não têm vergonha de elogiar suas meninas. Eu embarcava na onda.
- Obrigada, Fábio. Mas me diga, como vamos fotografar primeiro?
- Bem, que tal biquíni? Quero aproveitar essas suas marcas de praia. Pode ser?
- Você é quem manda!
Aquela frase fez explodir meu coração. Aquela voz doce dizendo “você é quem manda” realmente me estremeceu.
A menina trazia consigo uma bolsa com algumas peças de roupa e o estúdio tinha um acervo enorme também. Ela puxava o biquíni da bolsa e dirigia-se até uma espécie de provador a fim de se trocar. Em poucos minutos, Isadora me aparecia com um biquíni branco. Ela ainda dava o laço na parte de baixo do biquíni.
- Ficou bom?
- Ficou ótimo! Vamos começar!
- Você não tem ajudantes, Fábio?
Perguntava Isadora.
- Não. Eles me atrapalham. Gosto de ter controle da situação, entende?
- Então, vamos.
- Bem, quero poses sensuais, OK?
- OK.
Isadora sabia fazer. Fazia poses que nem o meu imaginário seria capaz de compor. E a expressão facial? Seus lábios parados pareciam dizer “sexo”. Carnudos. Isadora apertava os seios, insinuava despir-se, abria e fechava as pernas numa experiência estonteante. Eu não sabia o que fazia. Apenas clicava aquele botão feito um louco.
Eu ficava imaginando o estado emocional de Durval àquela altura. Sua filha em poses sensuais. Será que já não seria o suficiente? Mas ele queria a transa. E eu levaria aquele jogo até o fim.
- Ufa! Está ótimo!
Eu pausava.
- Posso ver como ficaram?
Ela perguntava.
- Não! Sou muito chato quanto a isso. Entenda. Somente depois de tudo. OK?
- Mas por quê?
- Atrapalha. Você dará suas opiniões e isso influenciará a próxima bateria de fotos.
- Ah! Entendi.
De onde eu tinha tirado tantas respostas inteligentes? Achava que ali eu pensava com a cabeça certa. Pura ilusão. A cabeça certa apenas estava trabalhando em função da errada.
- Sente-se um pouco, Isadora. Descanse.
- OK. Vou me trocar.
- Vai por o quê?
- Não sei. O que quer que eu ponha?
- Nada.
- Não entendi.
- Não ponha nada. Seria interessante um nu artístico. Você topa?
- Nua? Ah, não sei se meu pai vai gostar disso, Fábio.
Ela dizia com um sorriso entre os dentes.
- Eu já conversei com seu pai. Disse a ele que algumas fotos nuas poderiam ajudar bastante na sua carreira. Não serão nada vulgares. Eu prometo. Será puramente artístico.
Eu estava demais naquele dia. Nossa!
- Ai, meu Deus. Você tem certeza que...
- Bem, eu tenho. Mas é você quem sabe. Não quero que faça nada sem querer.
Eu mentia. Estou dizendo. É tudo mentira o que atrai. Ela pensava com o dedinho no queixo. Aquilo me deixava excitado.
- OK. Mas não repare minha timidez. Eu nunca posei nua.
- Tudo tem sua primeira vez, Isadora. Eu já estou acostumado com isso.
- Tiro aqui mesmo?
- Pode ser. Não terá nada aí que eu já não tenha visto uma centena de vezes, Isadora.
Eu brincava. Queria que se sentisse o mais à vontade possível. E funcionava.
Em segundos, Isadora estava como veio ao mundo. Nua. Encabulada, sim, mas completamente nua. Encantava-me com os pelos resultantes de um trabalho magnífico de depilação. Uma obra de arte.
- Bela depilação, Isadora. Já esperava pelo ensaio nu, pelo visto.
- Não... Imagina.
Pelo sorriso eu via que sim.
Eu deixava a câmera sobre a mesa e chegava mais perto de Isadora. Observava cada curva, cada detalhe daquele corpo. Ela, a princípio, tapava os seios com um braço e a vulva com o outro.
- Não tenha medo de mim, Isadora. Relaxe. Dessa forma, as fotos ficarão estranhas. Tente se sentir natural.
- Eu tento, mas...
Eu pegava em seus braços e a destapava.
- Olhe para você, Isadora. És linda! Não há do que se envergonhar.
- Tudo bem.
Em pouco tempo, Isadora já caminhava pelo estúdio com naturalidade.
- Você quer um roupão?
Eu perguntava. Durval devia estar querendo me matar.
- Ah! Sim! Quero sim!
Eu precisava mostrar certo profissionalismo. Mesmo sem ser um profissional.
* * *
- Podemos começar as fotos?
Eu perguntava.
- Sim! Vamos!
- Lembre-se. Mantenha-se relaxada. OK?
- Tentarei.
Tentar? Meu Deus. Isadora dava um show de sensualidade. Soltava-se frente à câmera como se fosse um ensaio pornográfico. Não se importava em esconder nada. Eu conseguia que Isadora se sentisse totalmente à vontade e desinibida. Abria as pernas sem pestanejar. Eu, vendo a imensa vontade de Isadora em se exibir, atiçava-a ainda mais.
- Abra mais as pernas... Alise os seios, Isadora... Pegue firme nas nádegas... Puxe-as...
Ela obedecia com um sorriso provocante e dizia:
- Você disse que não seria nada vulgar, Fábio.
- Pois é, mas você está ótima, não quero cortar o feeling.
- Ai, eu estou ficando... Sei lá...
- Excitada?
- Acho que é. Nunca fiz isso, mas estou adorando.
Mas que safadinha. Eu imaginava o Durval vendo tudo aquilo. Isso não o ajudaria em nada. Por Deus, que não.
- Eu também estou ficando...
- Excitado?
- É. Coisa que raramente acontece no meu trabalho.
Isadora, ciente de seu domínio, vinha até mim.
- Chega de fotos! Vamos brincar um pouco!
- Brincar?
Eu perguntava já sabendo o resultado de tudo aquilo.
- É. Brincar!
Eu conseguia. Para o delírio de Durval e mais ainda para o meu.
[Continua]
7 comentários:
gente, isadora solta solta heinnn...
ai n tem como n dizer: durval, vc é nojento!
amanhã a "novela" continua!
mas q f...da ...p.... uhaha
Isadora n é mole, ja podemos tirar um pouco o peso da culpa dos ombros de Fabio, pois Isadora ta facilitando heimm....rs
Muito bom....espero o proximo heim....
OBS:Encantava-me com os pelos resultantes de um trabalho magnífico de depilação. Uma obra de arte...
uahuahauhauah......eu ri mto
Vlw Lu
huauhahuauha
sim sim, e, segundo nova regra de ortografia: pelo sem acento mesmo hein! aos poucos vou aprendendo essas mudanças rs...
que safadeza!
uahuahua
Ptz!
Isadora também não presta.
Mal de família!
Ótimo.
Abraço.
sei não, gostei! ;)
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