quarta-feira, 1 de setembro de 2010

GABRIELA - O Labirinto Particular de Lysa - Parte 4

O relógio de Gabriela, deixado sobre a pia do banheiro na noite anterior, já marcava onze da manhã quando Lysa despertou. Com uma dor de cabeça “dos infernos”, a jovem se levanta com dificuldades e acaba tropeçando na mesa de centro da sala.

- Merda! – diz Lysa.

Com os olhos ainda não totalmente abertos, Lysa, quase que intuitivamente, segue até a geladeira, pega uma garrafa d’água e, sem fazer uso do copo, bebe quase que um litro de uma vez só – era a ressaca dando seu sinal mais comum. Caminhando de volta à sala, Lysa vai se lembrando aos poucos da noite anterior; pensa em desabar novamente no sofá, mas resolve ir ao banheiro antes.

Frente ao espelho, Lysa se depara com um rosto inchado e de maquiagem borrada. “Meu Deus, estou acabada”, pensa. Nunca imaginou que beberia tanto em sua vida. A sensação atual não era boa, mas Lysa sentia uma leve vontade de repetir tudo àquela noite, se possível. Olhando em volta de si mesma, meio zonza, Lysa encontra as roupas de Gabriela jogadas pelo chão. “Gabriela dormiu aqui?”, se questiona.

Ainda cambaleando, Lysa vai até o seu quarto e, para seu espanto, bate de frente com Gabriela em sua cama. Nua e mergulhada num sono ainda sem indícios de um despertar, Gabriela exibia um corpo digno de uma contemplação, mesmo que feminina. Inevitavelmente os beijos com a amiga na noite anterior brotam como flores da primavera nos pensamentos de Lysa. Num misto de confusão e, por que não?, tesão, Lysa tenta entender o que sente. Mas sem sucesso.

“Preciso de um banho”, pensa Lysa, que vai direto para o chuveiro.

Enquanto a água lhe cai sobre o corpo, Lysa sente como se o banho a libertasse de toda aquela confusão. “Foi tudo uma brincadeira, só isso”, diz a si mesma em voz baixa. “Um beijo, que mal há? Tenho convicção de que eu gosto é de homem! Beijar Gabriela é como beijar um espelho, uma laranja, não há sentimento ali”, continua Lysa, dessa vez tentando se enganar.

Lysa tinha, sim, a convicção em sua opção sexual. Heterossexual. Mas não devia, naquele momento, desprezar o que sentira durante aqueles beijos. Talvez fora, sim, como beijar um “espelho”, já que Gabriela, no sentido sexual da coisa, é o reflexo de Lysa – tem seios e vagina –, mas nunca como uma “laranja”. Laranjas não possuem requisitos suficientes para penetrar uma língua em sua boca de forma tão possessiva e delicada ao mesmo tempo.

Gabriela acaba despertando com o barulho do chuveiro. Mais consciente, pensa: “Meu Deus, eu dormi nua!”. Mas logo conclui que não há com o que se preocupar. “Ah, não há nada aqui que a Lysa não conheça. Somos mulheres, porra. Nunca nos trocamos uma frente à outra, mas...”, pensa.

Gabriela se levanta e vai até o banheiro.

- Bom dia! – diz Gabriela.

- Bom... dia. – diz Lysa um pouco assustada com a atitude de Gabriela.

Gabriela consegue ver através do vidro do box a perfeição que era a nudez de Lysa. Não disfarça. Olha-a dos pés à cabeça e, também nua, insinua uma carícia com os dedos entre as pernas. Mas logo cessa. Lysa nota tal atitude, mas não dá importância – na verdade sequer assimilara.

- Que noite, hein? – diz Gabriela a procurar por uma escova dental.

- Na segunda gaveta tem escovas novas. Pode pegar uma – diz Lysa ainda séria.

- Valeu.

- Não lembro de muita coisa da noite de ontem – mantém a seriedade Lysa.

- Como não?! Você bebeu feito um gambá, Lysa! Sua dor de cabeça deveria te ajudar a lembrar disso pelo menos! – brinca Gabriela.

- Nem me fale... Minha cabeça parece que vai explodir.

- Tome um remédio. Logo passa.

- Dê-me licença, Gabriela. É que eu...

- Ah, Lysa, faça-me um favor! Vergonha de mim agora?

- Não tenho o costume de ficar nua na frente dos outros, Gabriela.

- Ah, é?! A menina “da roça” não tem o costume... – debocha Gabriela – Vou te mostrar uma coisa!

Gabriela entra no box de repente.

- Sua maluca! Sai daqui! – diz Lysa.

- Vou acabar com essa sua falta de costume agora! – diz Gabriela a abraçar Lysa – Olha só, menina “da roça”, não há mal algum em duas amigas ficarem nuas! A menos que você sinta tesão diante de minha nudez! Sente? Você sente tesão?

Lysa se recorda da sensação que teve ao avistar Gabriela em sua cama, mas:

- Claro que não, sua louca! – diz Lysa já se rendendo aos risos.

- Então deixa de ser ridícula, sua roceira! – brinca Gabriela.

Por fim, as duas já dividiam o chuveiro sem problemas. Gabriela disfarçava a excitação quase que incontrolável, enquanto Lysa, evitando olhar diretamente para as partes íntimas da amiga, comentava sobre alguns fatos da noite anterior.

- Você se lembra que nos beijamos, Lysa?

- Ah, que vergonha, Gabriela!

- Foi só uma brincadeira, relaxa.

- Sim, claro. Brincadeira que acabou me rendendo aquele cara!

- Sério? Ele te pegou por causa dos beijos?

- Acho que sim!

- E o que ele disse?

- Ah, não lembro... Eu estava muito mal...

- Sei bem.

As duas saíram do banho às gargalhadas e foram para o quarto.

- Lysa – diz Gabriela –, você tem algo confortável para eu vestir?

- Tenho. Pode pegar ali, naquela gaveta – diz Lysa apontando.

- Valeu.

Ainda nua – e, aparentemente, liberta de qualquer “falta de costume” de outrora – Lysa desaba na cama e:

- Será que eu ligo para aquele cara?

- Deixa de ser louca, Lysa! Ele nem lembra mais da sua cara! Acorda!

- Posso te contar uma coisa?

- O quê?

- Sabe o que ele fez durante o beijo?

- O quê?

- Ele me tocou.

- Ali? Que isso?

- Foi.

- E você... gozou?

- Não deu tempo. Você interrompeu, lembra?

- Ah...

Gabriela concluía que tinha o poder de desinibir Lysa com suas imposições de comportamento. Em menos de meia hora, Lysa ia da menina com vergonha da nudez à confessora de intimidade chulas e excitantes. Lysa, talvez sem se dar conta, alisava os seios enquanto contava, demoradamente, cada detalhe sobre a “invasão” daquele rapaz sob os panos de seu vestido. Gabriela assistia a tudo no ápice de sua excitação.

- Lysa! Você não vai se masturbar na minha frente, vai? – diz Gabriela, coberta até cabeça de segundas intenções, ao notar o falar arrastado e excitante da amiga.

- Que mal há?

- Ah?!

Dessa vez era Lysa, anestesiada por um misto de tesão e descoberta, quem surpreendia a amiga, que por sua vez a assistia boquiaberta até o último suspiro daquele orgasmo.

- Isso me faz um bem, Gabriela! – diz Lysa após o ato – Vamos preparar o almoço! Vamos!

- ...

[Continua]

3 comentários:

camys disse...

Lysa chegada da roça, santinha? tsc...tsc..tsc... São as piores.

muuuuuuuuuuuito deliciosa essa parte da história (6)
Sem duvida nenhuma, a melhor até agora!

Kayo Medeiros disse...

muuuuuuuuuuuito deliciosa essa parte da história (6)
Sem duvida nenhuma, a melhor até agora!

[2]

mt bom! melhor que isso, só se vc matar alguém. XD

Nathalia disse...

não, to PASSADA coma lysa, como assimmmmm minha gente?
que intimidadeeeee! hahaha