OPUS 1 - Parte 3
Marcos e Patrícia, pai e madrasta de Luana, já se preparavam para ir buscar a menina da casa do namorado. Marcos vestia um casaco no quarto enquanto Patrícia, já pronta, o esperava na sala assistindo à TV. Mimi, a gatinha de Luana, andava por todos os cantos da casa a miar cada vez mais alto. Parecia querer dizer alguma coisa. Na certa pressentia que algo de ruim acontecia à sua dona. - Por que essa gata não para de miar, Patrícia? – perguntava Marcos. - Ah, Marcos, quem conversa com ela é Luana, não eu – brincava Patrícia. - Ela tem comida no pote? - Sim! Acabei de pôr. - Eu hein... Um plantão jornalístico interrompia o filme de Patrícia. - Ai, meu Deus! Não gosto nada disso – dizia Patrícia....e estamos em frente a esta casa, onde ocorre, nesse momento, um sequestro. A informação que tivemos do comandante do Grupo de Operação de Resgate é que quatro bandidos armados mantêm, dentro da casa, uma família como refém. A denúncia veio através de um vizinho que, de sua janela, presenciou a invasão dos bandidos e... - Marcos! - O quê? - Corre aqui! Na TV! Não é a casa de Rômulo? - Casa de Rômulo? Na TV? - Um sequestro, Marcos! Marcos olhava fixamente a TV. - Meu Deus! Mas é mesmo a casa de Rômulo! Minha filha está lá! Temos que ir até lá agora! - Espere! Escute!...acaba de nos chegar nova informação de que são três os reféns: um casal de senhores e seu filho. Segundo uma vizinha, os nomes deles são: Jânio, Lúcia e Rômulo, sendo os pais e o filho respectivamente... - E minha filha? – perguntava-se Marcos – Eles não citaram o nome de Luana, Patrícia! Vamos até lá! - Ai, meu Deus! Vamos! Rápido! No caminho, Marcos tentava o celular de Luana, mas o aparelho encontrava-se desligado. Na verdade, a menina não levara o celular. O deixara em casa por estar sem carga. - Merda! – dizia Marcos. Na casa de Rômulo, as negociações iam lentas. A imprensa e um amontoado de curiosos cercavam todo o quarteirão. A chuva apertava, mas o povo não saía de perto. Os bandidos sabiam que não tinham mais saída. Por mais que vidas fossem perdidas ali – o que complicaria ainda mais a situação deles – tinham ciência de que o plano falhara. - Rendem-se, por favor! Para o melhor a vocês, rapazes! – dizia o policial negociador. - Queremos entregá-los – dizia “Um” – e entregar as jóias e o dinheiro também! Mas queremos um documento que garanta nossa liberdade depois disso! - Mas... - Mas o quê? Nem eu nem meus amigos temos mais nada a perder aqui! Ou tragam essa garantia ou matamos essa família e matamos-nos um ao outro! Que tal? - Não! Não precisa derramar sangue, cara! Ligaremos para as nossas autoridades e veremos o que podemos fazer! OK? - Isso! - Mas, por favor, não mate ninguém! De acordo? - Sim! De acordo! Marcos e Patrícia chegavam ao local. Ao se aproximarem da faixa de segurança que interditava o quarteirão, Marcos se identificava a um dos policiais. - Meu nome é Marcos! Eu sou o pai da Luana! Ela está na casa! - Senhor, não há Luana alguma na casa! Há apenas três pessoas: um jovem... - Já sei, já sei! Eu vi pela TV, mas precisam averiguar melhor! Minha filha é namorada do Rômulo. E prima também! Nós somos da família! - Espere aqui, sim? - OK! Mas seja rápido! O policial se dirigia até o comandante de toda aquela operação. De lá, o policial fazia sinal para Marcos e Patrícia irem até eles. - Pois não, senhor. – dizia o comandante. - Seu policial lhe explicou? – dizia Marcos. - Sim, explicou! Mas, senhor, você tem certeza de que ela já não havia saído do local? - Não! Eu estava vindo buscá-la! Ela tem dezesseis anos, comandante, e eu não a deixaria vir para casa sozinha, muito menos com essa chuva! - OK! Deixe-me falar com o negociador. Fiquem aqui! O policial negociador já estava chegando até ele para falar sobre a garantia solicitada pelos bandidos. - Senhor – dizia o negociador –, eles querem uma garantia e... - Esqueça! Pergunte a ele sobre uma menina que também estava na casa! - Senhor, não há menina alguma por lá! Eu... - PERGUNTE! Ela pode estar morta ou ferida em algum outro cômodo! Ande! - Mas, senhor, eles querem uma garantia! Caso contrário, eles farão daquela casa um matadouro onde nem eles sairão vivos! - OK! Diga que estou providenciando essa garantia, mas vá lá e pergunte sobre a menina. - OK, senhor! O negociador chegava mais uma vez até a varanda da casa. - “Um”, quero saber se há uma menina na casa! - Sim! Está no banheiro! - E como ela está? - Ferida! Tem um corte na cabeça, mas está bem! Só está dormindo! - “Um”, ela pode estar precisando de atendimento médico! Eu quero a menina! - E eu quero a garantia! - Sem a menina, não haverá garantia, “Um”. - SEM GARANTIA NÃO HAVERÁ NEM MENINA NEM NIGUÉM! JÁ DISSE! O negociador sentia o drama pelos olhares amedrontados de Jânio e Lúcia. Precisava fazer o jogo daquele bandido, infelizmente. - OK! Acalme-se! Eu já volto! - ESTOU PERDENDO A PACIÊNCIA, VERME! PARA EU MATAR A TODOS AQUI POUCO CUSTA. Chegando até o comandante da operação, o negociador expôs o querer dos bandidos. - ...e é isso, senhor – dizia o negociador – Eles querem a garantia. Só depois entregarão a família e a menina. - Merda! Os atiradores de elite já chegaram? Sabe dizer? - Acabaram de chegar, senhor. Ali! - Certo! Vamos acabar com essa bagunça já! O comandante chegava até Marcos e Patrícia e: - Fiquem calmos, OK? A menina está lá, realmente. Mas, segundo um dos bandidos, ela está no banheiro e com um corte na testa. - Meu Deus! – suspirava Patrícia aos prantos. - Não sabemos o real estado dela e eles não querem entregá-la antes de uma garantia de liberdade... - E onde está essa garantia, comandante? - Não haverá garantia alguma, senhor. Nossos atiradores se posicionarão para acabar de vez com isso! OK? Confiem na Polícia! - Meu Deus! Minha filha... – chorava Marcos. [Continua]
5 comentários:
Ah, tadinha da Luana genteeeeeeeee!
atirador de elite dando certo, NO BRASIL?
aiaiaiai
Nossa, até eu fiquei com pena agora! Tudo depende dos atiradores de elite?! hm...não confio :p
Abraços
='-'=
putzzzzzzzzz
to nervosa cara!
Vai dar tudo certo!
Ai ai ai
hum... estou preocupada, isso não parece nada bem..
tomare que tudo dê certo realmente !
Aii, meu Deus! Tadiinha da Luana. Como será que ela tá? Bem que podia estar só fingindo e depois abrir a janela do banheiro fujir e mostrar uma entrada para os policiais. Eu sonho, pode falar... hauhauhauu... Mas sérioo. Tomara que os atiradores funcionem...
beijos!
(:
contiinua..
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