quinta-feira, 24 de junho de 2010

LYSA23 - Parte 10

- Está pensativo – dizia Tatiana a Fred.

E realmente estava. Fred estava acostumado a ver Lysa cruzar a porta do escritório pontualmente às nove da manhã, todos os dias. Já se passava das dez e nem sinal de Lysa, o que preocupava, de certa forma, Fred, que no fundo sabia que a amiga teria telefonado no caso de algum imprevisto – mas o fato é que não telefonara.

Inevitavelmente, Fred começa a pensar na história “louca” de Lysa hospedar um estranho em sua casa. A impaciência tomava conta do rapaz, que mal conseguia dar atenção à Tatiana.

- Fred, eu estou falando com você! – insistia Tatiana.

- Ah?

- Você está pensativo. O que houve?

- A Lysa, Tatiana. Ela nunca foi de se atrasar.

- A Lysa. Sempre a Lysa, não é, Fred?

- Vou ligar para ela.

Tatiana expressava seu descontentamento com um sopro para o alto. Diante da cegueira de Fred, Tatiana, com o gosto amargo da desatenção do rapaz, resolvia voltar ao trabalho.

Fred tentava o celular de Lysa, mas, para seu azar, o aparelho da amiga estava descarregado no momento. Tentava, então, o telefone residencial.

Lysa e Gabriela se encontravam como que num estado lisérgico; esqueciam completamente de suas vidas, se entregavam uma a outra numa espécie de descoberta adolescente. Era como se ambas quisessem viver aquele momento até as últimas consequências; viver tudo o que, por uma força interna, talvez, deixaram de viver na presença uma da outra.

O telefone soava.

- Não vai atender – ordenava Gabriela.

- Mas pode ser do trabalho.

- Foda-se. Você inventa uma desculpa. A gente falsifica um atestado médico, sei lá.

- Mas...

- Vem cá, Lysa – Gabriela agarrava a amiga pelos cabelos, posicionando-a entre suas pernas.

A secretária eletrônica de Lysa atendia a ligação de Fred, que, por sua vez, deixava um recado:

- Lysa, é o Fred! Está tudo bem? Beijo.

Mas o recado se perdia em meio as já ofegantes respirações de Gabriela e Lysa.

“Aconteceu alguma coisa”, pensava Fred.

Tatiana trabalhava, mantinha os olhos frente à tela do PC, mas não deixava de prestar atenção no que Fred fazia. Tatiana sentia que o rapaz estava aflito, sem saber o que fazer.

Até que:

- Tatiana – dizia Fred –, eu vou até a casa de Lysa.

- Fazer o quê?

- Preciso saber se está tudo bem com ela. Sinto que algo aconteceu. Não sei se ela comentou contigo, mas ela está hospedando em sua casa um rapaz de outro país que ela conheceu na Internet.

- Sério?

- Pois é. Isso me cheira mal.

- Nossa...

- Bem, estou indo. Avise que não demoro.

- OK...

Tatiana não pôde deixar de pensar no quão agradável seria ter a preocupação de Fred. “Será que um dia eu encontro um cara feito ele?”, pensava enquanto via Fred correr rumo à casa de Lysa.

Fred dirigia pelo caminho pensando nas diversas coisas que poderiam ter ocorrido com Lysa. Pensava em coisas terríveis, é verdade, mas pensava também que Lysa poderia estar, na verdade, tirando o dia para se divertir com seu “amigo estrangeiro” – o que não deixa de ser terrível também, já que faria com que sua preocupação se transformasse num mico histórico.

Chegando ao prédio de Lysa, Fred, da mesma maneira que Gabriela, aproveitava o descuido de um porteiro sonolento, que, constantemente, deixava o portão aberto. Fred subia até o apartamento de Lysa sem usar o interfone.

Ao chegar, Fred observava que a porta se encontrava entreaberta – a chegada de Gabriela fora tão intensa que Lysa esquecera desse pequeno detalhe. “Merda”, pensava um Fred aflito. Imaginando o pior, Fred não pensa duas vezes e abre a porta rapidamente.

Da sala do apartamento de Lysa, se tinha uma visão completa do quarto quando de porta aberta. Dessa forma, Fred, sem querer, avistou os dois corpos nus que se entrelaçavam naquilo que mais parecia uma cena de filme pornô.

Enquanto Lysa, de costas para a porta, se perdia em movimentos rápidos com a língua, Gabriela, com as pernas totalmente abertas, avistava a sorrir o adentrar de Fred.

- Acho que temos companhia, Lysa... – dizia Gabriela com os lábios borrados do que restara de um batom.

Lysa, num tremendo susto, se virava para a conclusão mais apavorante de sua vida: Fred acabava de lhe flagrar num ápice homossexual.

- FRED? – gritava Lysa.

- Desculpe-me, é que... Eu... – dizia Fred, que, imediatamente, sumia daquele apartamento.

- Poxa vida! Ele se foi, Lysa – dizia Gabriela num sorriso provocante – Nem quis brincar com a gente.

- Meu Deus, o que é que eu estou fazendo? – dizia Lysa levando a mão à cabeça.

[Continua]

9 comentários:

Vanessa Sagossi disse...

A cada momento tudo fica mais louco!!!!!
Continua

Nathalia disse...

meu deus...
:O

Letícia Machado disse...

Essa Lysa precisa urgente de um terapeuta!rs....

Anônimo disse...

Dios mío!

DL ;* disse...

caaaraca :O
o mundo está perdido..
vai virar um quadrado amoroso isso.. rsrs

Bjs Luuh

Unknown disse...

Hahahaha

Preciso acalmar mais as coisas ou não? rs

Letícia Machado disse...

Ela tem problemas tadinha! Uma hora ela está gamadíssima no "alemão", em outra da agarrada com a "amiga" na qual ela já havia dispensado antes... Tomara que o Fred cooooorra muito da Lys!!rsrsr

Letícia Machado disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
camys disse...

Affffffff... Sempre tem um chato.