segunda-feira, 21 de junho de 2010

LYSA23 - Parte 9

No dia seguinte, bem cedo, Adler saía de casa, antes mesmo de Lysa, a fim de iniciar suas pesquisas. Na agenda do alemão, visitas a locais significativos, encontros com jornalistas e entrevistas com alguns artistas brasileiros também. Seria um longo dia para Adler. Longo e prazeroso, é verdade.

Lysa era acordada com beijos.

- Estou indo, Lysa – dizia Adler.

- E como vai se virar sozinho por aí, Adler?

- Já andei fazendo alguns contatos. Não se preocupe, está tudo sob controle.

- Tem meu celular. Qualquer coisa, me liga, por favor!

- Pode deixar, Lysa.

Do lado de fora, Adler teria um inesperado encontro; encostada num poste, Gabriela o esperava mascando um chiclete. Adler até a viu, mas, como não conhecia a fisionomia da moça, passou direto. Até que:

- Ei! – dizia Gabriela.

Adler virou e:

- Bom dia.

- Não está me reconhecendo, não é?

- Como?

- Gabriela! Eu sou a Gabriela, está lembrado?

Adler não sabia o que dizer. Sua experiência com Gabriela pelo messenger não fora muito boa, e o semblante que agora lhe fitava os olhos demonstrava uma raiva imensa.

- Perdeu a língua, alemão? – continuava Gabriela.

- Eu estou atrasado. Deixe-me ir.

Se já não bastasse a aparência de Adler, Gabriela percebia ainda o sotaque, concluindo assim a veracidade de toda aquela história. “Esse filho da puta é alemão mesmo”, pensava. Por um instante, Gabriela imaginou algumas peripécias sexuais provavelmente protagonizadas por Lysa e Adler naquele confinamento de dias. Uma inveja, consequência de sua paixão por Lysa, lhe tomou os olhos.

- Ela é minha, ouviu? – dizia Gabriela.

Adler pausou os passos, virou para Gabriela e:

- Como é?

- É isso mesmo que ouviu! Ela é minha! Não importa o que vocês tenham um com o outro, entende? Ela é minha! A Lysa que você provavelmente chupou todos esses dias é minha! Minha!

- Quer me dizer que...

- Isso mesmo! Lysa e eu temos um caso! Você entende? A gente se pega!

- Que vocês são amigas, disso eu sei. Mas, namoradas?

- Ah, o alemão está entendo!

Adler, embora achasse todo aquele papo no mínimo estranho, resolveu não dar mais assunto e partiu para seus compromissos. Gabriela esperou o afastamento de Adler e, em poucos segundos, estava frente à porta de Lysa, que escovava os dentes quando a campainha soou.

Imaginando ter Adler esquecido alguma coisa, Lysa alcançava a porta usando apenas o que vestia durante o sono: uma calcinha e uma camiseta de malha.

- Esquecido... – dizia Lysa ao abrir a porta – Gabriela? – assustava-se.

- Gostosa demais!

- O que... O que você está fazendo aqui?

- Não se preocupe, Lysa. O alemão já foi. Estamos a sós.

- Gabriela, eu estou atrasada para o trabalho, e...

- Não vai demorar nada, Lysa – dizia Gabriela adentrando ao apartamento.

- Gabriela, pelo amor de Deus, o que pensa que está fazendo?

- E então? Como foram as noites do casal? Sou sua amiga, não sou, Lysa? Conte-me tudo!

- Saia daqui.

Gabriela se jogava na cama e:

- Está linda só de calcinha!

- Saia daqui, Gabriela, por favor!

- Não! Se você acha que eu vou desistir assim tão fácil do que é meu, você está enganada!

- Está maluca?

Gabriela se levanta rapidamente da cama e chega até Lysa num piscar de olhos. Com os lábios bem próximos aos de Lysa, a moça tenta recriar todo aquele clima que envolvera tantos e tantos beijos entre as duas.

- Você se lembra, Lysa, de como você me beijava na noite? E de como eu te beijava, você se lembra? – dizia Gabriela a correr a ponta dos dedos sobre o abdômen de Lysa.

Lysa, envolvida numa espécie de tesão não compreendido, sem notar, deixa que Gabriela aos poucos tome seu corpo com mãos e palavras ardentes.

- Você gosta, não gosta? Por mais que se envolva com esse alemão, por mais que se diga dona de seus desejos, sabe que treme com minha presença. Você não resiste aos meus beijos, Lysa. E olha que há uma infinidade de coisas que sequer experimentamos...

- Pare com isso... Gabriela – dizia Lysa a fechar os olhos. Entregava-se aos poucos à sedução da amiga.

Gabriela, enfim, toca os lábios trêmulos de Lysa. E aí foi como tudo desabasse. Como se Lysa tirasse um peso de si e assumisse de vez a fraqueza que, mesmo inconscientemente, sempre sentira diante da presença de Gabriela.

As duas arrancam suas roupas com ferocidade; como se ambas, naquele momento, mergulhassem na maior de todas as suas loucuras alcoólicas. Gemidos ofegantes se misturavam a declarações que vinham em forma de suspiros – até um “eu te amo” saiu de Lysa.

Naquele instante, tudo que havia em volta de Lysa se transformara em pó. Nada mais parecia importante, real ou convincente. Tudo que Lysa queria – talvez por uma espécie de fuga, ou desprendimento –, era colocar para fora tudo aquilo que ela aprisionara durante aqueles anos de amizade com Gabriela.

Após o orgasmo – um dos mais prazerosos de sua vida –, Lysa concluía em pensamento: “Sinto-me tão leve”.

* * *
No escritório de Lysa, “Ela não costumava se atrasar”, pensava Fred.

[Continua]

9 comentários:

Kayo Medeiros disse...

nham nham nhaaaaaaaaam!!

Tá, esse eu curti à vera.

;)

DL ;* disse...

tô passada Oo
oeieoeieoieoeieoi
tadiiinho do Adler =/

maas pode continuar!
tá mt boom ;D
rsrs


beeijos luh

Anônimo disse...

Eita!
Agora só falta o Fred rsrs

bjs

Yara Lopes disse...

Noooossa
Tô com muita pena do Adler
=/

Letícia Machado disse...

Noossa...to passada!!! Que conto é esse?...rsrs!

Bjs

Fabi Romeo disse...

"nossinhora"

Nathalia disse...

ai meu deuuuus!
passada total!

maaaaaaaaaaaaaais
vem vem vem vem vem
(me sentindo no 100 x1)

Vanessa Sagossi disse...

Isso tá ficando cada vez mais loucoo.. mas continua..

camys disse...

Eu sabiiiiiiiiiiia.
Ai que liiiiiindas *--------------------------*
muito, muito, muito lindas! Elas precisam ficar juntas. Com certeza o Adleré só uma paixão, uma aventura, coisa boba, já o Fred pelo visto é um...louco obcecado.